FALANDO SOBRE CLIENTES: ALGUMAS CATEGORIAS
Autor: Diogo de Souza e Silva.
De acordo com Pinho (2000 apud. Gordon, 1999, p.274) as categorias de
clientes podem ser divididas em seis, sendo elas: Prospects,
Experimentadores, Compradores, Clientes Eventuais, Clientes Regulares, e por
fim os Defensores. De acordo com Pinho (2000 apud. Gordon, 1999, p.274) Porspects
são “as pessoas identificadas na população em geral”, são os clientes em
potencial da empresa, caracterizados por aquelas pessoas cuja suas
características pessoais estejam alinhadas com o perfil da marca ou produto,
porém ainda não chegaram a se tornar clientes verdadeiros da empresa, pois não
efetuaram nenhuma compra ou não tem conhecimento sobre a marca.
Os Experimentadores,
de acordo com Pinho (2000 apud. Gordon, 1999, p.274), são os Prospects
que já tem o conhecimento sobre a existência da marca, neste contexto estes
clientes, que já possuem seu perfil alinhado as características da empresa, começam
a explorar melhor seus produtos e serviços, pois já possuem um interesse
despertado, fazendo assim “compras experimentais”.
O próximo nível
diz respeito aos Compradores, sendo Prospects que se interessaram pela
marca, fizeram compras experimentais e ficaram satisfeitos com os produtos,
porém continuam fazendo negócio apenas de forma casual com a empresa. Na visão
de Pinho (2000 apud. Gordon, 1999, p.275) “Os Compradores suficientemente
interessados nas ofertas a ponto de considerar a companhia uma adequada segunda
fonte ou alternativa, caso os seus fornecedores principais deixem de os
fornecer de algum modo”. Os Compradores representa a categoria de clientes
consumidores e interessados pela marca, porém de maneira não definitiva e com
vínculos ainda fracos.
O passo seguinte na
escala de clientes é se tornar um Cliente Eventual, nesta etapa os clientes já
estão satisfeitos com os serviços e produtos da empresa e passam a padronizar
suas compras, utilizando a empresa como um de seus principais fornecedores.
Porém de acordo com Gordon (1999, p.129):
O cliente eventual ainda pode passar a
utilizar os concorrentes e regredir na escala continua de vinculo e voltar a
ser apenas comprador, ou mesmo parar inteiramente de comprar na sua empresa. E
ele não sente a necessidade de explicar as razões de tais mudanças. Você
permanece sob constante avaliação e julgamento. Mesmo os menores deslizes podem
criar insatisfação e prejudicar o relacionamento de
confiança.
Percebe-se então que os clientes eventuais ainda configuram uma categoria
frágil de clientes em uma escala de confiança, apesar de já depositarem certa
expectativa e enxergarem os valores da empresa, elegendo-a como um de seus
fornecedores mais importantes, porém estes aspectos ainda são delicados na
mente do consumidor que pode enxergar qualquer deslize da empresa como um erro
fatal.
Passando para o nível
seguinte tem-se os Clientes Regulares, a variável tempo tem peso nesta etapa,
pois esta categoria representa os clientes que já compram da empresa a um certo
tempo, já depositam grande confiança em seus produtos e serviços fazendo
compras regulares e seguras.
Por último chega-se
ao nível onde se encontra os clientes mais comprometidos e alinhados a marca,
são eles os Defensores. Possuindo confiança plena e grande comprometimento com
a empresa os Defensores, como o próprio nome sugere, passam a defender e apoiar
a empresa em diversas situações, de acordo com Pinho (2000 apud. Gordon, 1999,
p.275) o vínculo entre empresa e seu Defensor “é um vínculo que transcende, em
muito, o relacionamento mantido com outras companhias”, sendo assim o cliente
defensor é aquele que desenvolve um lanço muito forte com a empresa, que supera
o vínculo deste mesmo cliente com as empresas concorrentes. O foco da empresa
nesta perspectiva, deve ser então transformar Prospects em clientes Defensores.
Existem autores que
ainda defendem, dentro desta escala estipulada por Pinho (2000 apud. Gordon,
1999, p.274), a existência de um sétimo nível de relação entre empresa e
cliente, este nível é denominado de Evangelistas. Castro (2011, p.211) descreve
esta categoria “Os Evangelistas são aquelas pessoas que declaram ser altamente
fieis a marca e que venham a recomendar no futuro os nossos produtos e serviços
a seus amigos”. Em suma um
evangelista é aquele que passa a palavra da empresa a diante, assim um cliente
que se enquadra nesta categoria é aquele que além de defender a marca irá recomenda-la
fortemente a todos aqueles que conhecer.
A escala proposta por
Gordon e citada por Pinho e Castro, segue um padrão de evolução de clientes que
intrinsecamente já possui o perfil para desenvolver afinidade com a marca, os
Prospects, nível mais baixo de vinculo nesta escala, são aqueles clientes que
não conhecem a empresa mas suas características (psicológicas, ideológicas,
físicas, etc) garantem que seus gostos se alinhem aos valores propostos pela
empresa, assim o Prospect é um cliente a ser descoberto, e quando descoberto o
relacionamento com marca deve desenvolver a evolução para os demais níveis, até
se tornar um Evangelista.
Figura 1: As categorias de clientes segundo Gordon, Castro e Pinho.
Após
descritas todas as etapas de clientes pode-se dizer que todas elas têm sua importância
particular, porém as três primeiras categorias expostas: Prospects, Compradores
e Clientes Eventuais, tem grande relevância, pois dizem respeito aos
consumidores que ainda estão conhecendo a empresa, neste caso o relacionamento
e interação com a marca são de extrema importância para chamar a atenção do
público e agregar um valor maior para o produto ou serviço. Merece uma atenção
especial os Prospects, por se tratarem daqueles clientes que a empresa
ainda precisa despertar certo interesse para seus valores, posicionando a
essência da marca na cabeça do consumidor de forma adequada através de um
processo interativo.
As
demais etapas ficam a cargo da experiência que o consumidor obterá através do
relacionamento com a empresa e uso do produto e serviço em si, assim sendo após
conhecer muito bem a empresa e já ter a experiência do produto, a confiança
do cliente é mantida em um processo de relacionamento mais simples e pessoal. É
notável ver que é mais fácil manter clientes fiéis do que alcançar novos, por
esta razão preza-se sempre pela manutenção do público já existente e regular.
Aaker (2007, p.32) propõe
outra forma de classificação, dividindo os clientes em: Não Clientes,
Pesquisadores de Preço, Passivelmente Leais, Em cima do Muro, e Comprometidos.
Esta escala foca em lealdade, enquanto a anterior tem como base o nível de
confiança, por esta razão ela supõe que aumentando o nível de confiança entre
empresa e cliente, se eleva o vínculo, assim muitas etapas intermediarias são
propostas, enquanto para Aaker não se trata de etapas de vinculo mas sim de
perfil de consumidores, onde não há uma evolução linear e sim exponencial, em
que o cliente passa de um estágio baixo de lealdade para o estado de altamente
leal.
Os não clientes são aqueles consumidores que
não compram com a empresa, compram com concorrentes o suam categorias de
produtos distintos aos oferecidos pela empresa, o Pesquisadores de Preço são
clientes sensíveis a variações no custo dos produtos, Clientes Passivelmente
leais compram com a empresa por habito e não por razão, compram por sempre ter
comprado mas não se perguntado não conseguem definir pontos que justifiquem sua
escolha, os Em cima do Muro compram de várias marcas sem distinção, não sendo leais
a nenhuma delas, e por fim os Comprometidos é o nível de lealdade que toda
empresa busca, são os clientes completamente leais e fieis a marca, dispostos
afazer sacrifícios por ela e capazes de suportar inconveniências para consumir
seus produtos.
Figura 2: As categorias de clientes segundo Aaker.
Aaker (2007, p.32)
deixa claro que a empresa deve buscar aumentar o número de clientes que não são
sensíveis a preço, desenvolver vínculos marcantes com clientes “Em cima do Muro”
e “Passivelmente Leais”, e focar em fortalecer o relacionamento com clientes “Comprometidos”,
sim eles são os que mais merecem atenção, e muitas vezes são negligenciados
devido ao fato de as empresas entenderem que sua lealdade já está ganha. Aaker
propõe então que os vínculos de lealdade devem ser potencializados com clientes
que enxergam algum valor na empresa, compram com certa frequência e que não
sejam ligados a preços, percebe-se mais uma vez que o ideal proposto é
potencializar as relações com clientes que já mantém um certo nível de
relacionamento com a empresa. Porém o foco neste contexto não é gerar relacionamentos
que estabeleçam confiança mas sim valores que justifiquem a lealdade.
Percebendo por esta
ótica tem se uma dinâmica interessante, se entendermos que o que Aaker propõe é
fazer com que um cliente de baixa lealdade se torne altamente fiel, através de
valores específicos trabalhados pela marca, e Pinho, Gordon e Castro descrevem
passo a passo a evolução de um estágio de cliente até um nível superior, logo
temos ideias complementares, onde a escala de lealdade define o perfil do
cliente e estabelece os pontos a serem focados, e a escala de confiança
descreve as etapas de evolução deste cliente até seu nível de fidelização
total, onde será garantida priorização pela marca mas também ocorrerá a
recomendação e defesa da empresa, e seus produtos e serviços, por parte de seus
principais clientes, atuando como mais um meio de propagar os valores e
diferenciais ofertados.
A titule de ilustração vamos imaginar um cliente Passivelmente Leal que tem o habito de consumir certo produto mas não atribui valores definidos a ele, compra por conveniência e costume, este cliente será perdido facilmente se identificar outras marcas que lhe gerem valores mais definidos e importantes, este cliente pode estar, em um nível de lealdade, classificado como um Cliente Eventual, satisfeitos com o serviço e padronizam a compra, a empresa sabendo disto começa a se esforçar para criar valores mais aparentes e melhor definidos para este cliente, como ele compra regularmente aos poucos ele vai absorvendo os novos diferenciais estreitando o laço e preferências com a empresa e seus produtos, a partir deste ponto ele pode evoluir seu nível de confiança aos poucos até chegar ao ponto de se tornar um Evangelista da marca. Perceba que a empresa identificou as características do cliente a nível de lealdade, sabendo assim que atitudes tomar, e acompanhou a evolução do cliente através de seu nível de confiança com a marca, que modificam sua atitude com a mesma.
A titule de ilustração vamos imaginar um cliente Passivelmente Leal que tem o habito de consumir certo produto mas não atribui valores definidos a ele, compra por conveniência e costume, este cliente será perdido facilmente se identificar outras marcas que lhe gerem valores mais definidos e importantes, este cliente pode estar, em um nível de lealdade, classificado como um Cliente Eventual, satisfeitos com o serviço e padronizam a compra, a empresa sabendo disto começa a se esforçar para criar valores mais aparentes e melhor definidos para este cliente, como ele compra regularmente aos poucos ele vai absorvendo os novos diferenciais estreitando o laço e preferências com a empresa e seus produtos, a partir deste ponto ele pode evoluir seu nível de confiança aos poucos até chegar ao ponto de se tornar um Evangelista da marca. Perceba que a empresa identificou as características do cliente a nível de lealdade, sabendo assim que atitudes tomar, e acompanhou a evolução do cliente através de seu nível de confiança com a marca, que modificam sua atitude com a mesma.
Entender quem são os
clientes e em que estágio de lealdade e confiança eles se situam é fundamental
para fidelização do público e manutenção de uma posição confortável no mercado.
Pense sobre isso, pense diferente, pense fora da caixa!
REFERÊNCIAS:
AAKER, David A. Construindo Marcas Fortes. Porto Alegre: Bookman, 2007.
CASTRO, João Pinto. Marketing ombro
a ombro: estratégias eficazes na era do consumidor ativo, conectado e poderoso.
Alfragide. Leya, 2011.
PINHO, B. J. Publicidade e vendas na
Internet: técnicas e estratégias. 1ed, São Paulo: Summus, 2000.
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